sábado, 7 de agosto de 2010





MÊS DE AGOSTO OMOLÚ REINA

Omolu, na África, é considerado junto à sua mãe Nanã, o Orixá da morte. Se não é aquele que faz a transição do espírito que desencarnou, é o responsável pela morte dos enfermos. Em época de várias mortes com a varíola, foi responsabilizado pela morte de milhões de pessoas, sendo conhecido como o Orixá da varíola.
Omolu é um orixá africano cultuado nas religiões afro-brasileiras que o tem como o Senhor da Morte, uma vez que é o responsável pela passagem dos espíritos do plano material para o espiritual. Seus filhos são sérios, quietos, calados, alegres de vez em quando, ingênuos demais , porém espertos e observadores e um tanto teimoso. Seus filhos agem como pessoas muito idosas, são lentos e tem hábitos de pessoas muito velhas. Seus filhos também tem muitos problemas de saúde.

Muitas vezes confundido com o Orixá Obaluayê, tanto que, no Brasil, muitas casas de santo cultuam Obaluayê e Omolu como um só orixá, Omolu é, no entanto, um orixá que se aproxima de Obaluayê, mas possui uma identidade própria.
Omolu - escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, Brasil

Mas assim como Omolu pode trazer a doença, ele também a leva. Os devotos lhe atribuem curas milagrosas, realizando oferendas de pipocas, o deburu ou doburu, em sua homenagem ou jogando-as sobre o doente como descarrego.

Em algumas casas de santo, as pipocas são estouradas em panelas com areia da praia aquecida, lembrando a relação desse orixá com Iemanjá, chamado respeitosamente de tio, principalmente pelo povo da casa branca. Afinal, conta a história que Omolu, muito doente, foi abandonado num rio perto da praia por sua mãe Nanã, por ele ter nascido com grandes deformidades na pele. Iemanjá o tomado como filho adotivo e o curou das doenças. Seu amor materno por ele foi tão grande, que ela o criou como seu próprio filho. Por isso, são realizadas oferendas a Omolu nas areias das praias do litoral brasileiro. Vestido com palha da costa e com contas nas cores vermelha, preta e branca, Omolu dança o opanijé, dança ritual marcada pelo ritmo lento com pausas, enquanto segura em suas mãos o xaxará, instrumento ritual também feito de palha-da-costa e recoberto de búzios. Em alguns momentos da dança, Omolu espanta os eguns, (espíritos dos mortos) e afasta as doenças, com movimentos rituais.

Omolu também possui relação com Iansã, em especial Oyá Igbalé, qualidade de Iansã que costuma dançar na ponta dos pés e direciona os eguns para o reino de Omolu.

Junto a Nanã Buruku e Oxumaré, forma a família de orixás dahomeana, costuma ser reverenciado às segundas-feiras e sincretizado com os santos católicos São Lázaro e São Bento de Núrsia, patrono da boa morte.

No sul, sudeste e centro-oeste do Brasil, em especial na Umbanda é sincretizado com São Roque.

No município de Cachoeira (Bahia), Omolu é cultuado pela Irmandade da Boa Morte que faz a lavagem da Igreja de São Lázaro.

ia da Semana: Segunda-Feira
Cores: Branco e Preto
Comida: Pipocas estouradas no Dendê, entregues no mato às segundas-feiras
Saudação: Atotô, Ajuberu, Axê!
Domínio: Ruínas, sarcófagos, estradas, cemitérios, caminhos e sol


O Grande Deus da Morte, que pode evitá-la quando bem entender, é chamado também de Xapanan ou Omulu Orogbô.

Diz-se que ele e sua mãe Nanan Buruku, seriam oriundos do Mahin( na realidade de Late, em Gana) e que como divindades, foram incorporados ao culto yorubá no Brasil. Por esta razão, seus "pejis", locais consagrados a estes orixás ficam reunidos numa mesma cabana, separados dos outros deuses.

Segundo a Lenda, Obaluayiê teria levado seus guerreiros aos quatro cantos do Mundo e as suas flechas tornavam as pessoas cegas, surdas ou mancas. Ao chegar ao Dahomé, um Babalawô teria revelado a forma de acalmar sua fúria, com oferendas de pipocas. Tranquilizado pelas atenções recebidas, o orixá mandou construir um palácio, onde passou a morar e a ser chamado de Sapakta, O Ajuberú(O Senhor Implacável)